|
|
| Depois partiste, me deixaste, sem pudor, sem compaixão. Naufragou-se meu amor nas ondas da solidão, Sufocando em nostalgia um mudo, calado, pranto... E a roda do destino a mover-se, implacável, Transformou a relação, tão intensa e adorável, Em um charco de feridas, de mágoas e desencanto... |
No entanto o meu ser hoje sente gratidão
Pela chance que o destino deu-me, então,
De me autoconhecer e me reerguer também,
Permitindo-me o prazer de poder verificar
Quanto este coração consegue se doar,
E com que intensidade sou capaz de amar alguém